A
mercadoria
Eu transava com uma puta. Acertamos que ela me visitaria
todas as quintas-feiras. Ela era mais velha e usava um perfume insuportável. Às
vezes o talco que ela passava no pescoço e debaixo do braço misturava-se ao
suor, e após endurecer, formava vários registros indecifráveis no seu corpo.
Nós brigávamos por motivos fúteis, mas eu sempre relevava, pois, um homem
solitário, sem as duas pernas e a mão esquerda, não tem o direito de exigir
nada, nem de uma mercadoria que é paga para servi-lo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário