O Celestial Sorriso da Ira
Mascando
sal, subi a ladeira até o fundo do poço, encontrando pedras moles que espremi
tirando gotas de madeira. Distraído, deitei-me num campo coberto de formigas e
fiquei a pintar jabutis. O sol queimava-se no belo horizonte (argh!) e eu me
aqueci com um cobertor de vidro. Quando o pássaro chegou, com o seu lindo
bastão de calha, tive de atirar, matando-me para a sorte. Sem coragem de me
penitenciar, contraí um dos meninos e corri até onde o alcance da vista
superou, obtendo informações da jovem quadrúpede. Mais tarde, quando as bolhas
se desfizeram em advertências, suportei todas as inconfiabilidades, até pisar
em uma cabeça de mármore gelatinosa. Foi assim que o tubo de sabão de pedra
escorregou entre a vasta cabeleira de um eunuco, trazendo para o meu lado o
arrependimento de não ter sabido dominar o impulso da degustação. Quando a
brasa da manhã ardia com a lua, mastiguei dois pedaços de lente embaçada e me
vi trincado entre a necessidade de expandir e o desejo de desvirtuar. O sentido
de observação se aprimorou, e eu consegui saltar o riacho, mas logo me deparei
com dois demônios brancos, que me propuseram: um, uma orla semipoluída e outro
um arquétipo de nó. Tentando entender melhor aquele trovão, cortei uma das
orelhas de um crocodilo e costurei-a no rabo de uma cotovia, que gritou até
estilhaçar a já sensível camada que protege a terra das tormentas boreais. A
partir de então, só quem não se dava com cadeira de balanço, conseguia
argumentar com o celestial sorriso da ira. Quanto mais se eletrificava o desejo
de reagir, mais correlação de sulco escorria pelos dedos calosos. A bolha,
agora, estendia-se pelo travesseiro e dominava grande parte do esôfago. Nada
que se tentasse, com relação ao prosaico mundo das traineiras, seria
compensador, uma vez que o manicômio estava restrito a benditos eclesiásticos.
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