A birosca
O bar, o seu dono e todos os seus frequentadores eram da
favela. O dono do bar gostava de Mozart e tinha uma reprodução de Toulouse
Loutrec na parede. Por dentro do balcão, feito com restos de madeira de obras
da cidade havia alguns livros que o dono do bar gostava de folhear. Ao anoitecer
ele servia cachaça, e salgadinhos para fregueses indiferentes, que sequer
olhavam para a reprodução de Toulouse Loutrec.
O dono do bar também não se interessava pelas conversas dos seus fregueses, porém sentia-se ofendido quando carregava na maquiagem para agradar e era tratado com a mesma indiferença que os frequentadores dispensavam à obra de Loutrec.
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