Dois baques
O passarinho cantava no galho: Piiiiiu, piiiiu...,pipipipipipiipipruuuuuuuu
Piiiiiu, piiiiu...,pruuuuuuuuupup utruuuuuuuu... piupiupiupiupiupiupiupruuuuuuuuu...
Um
homem vinha andando, mascando fumo, espingarda debaixo do braço, chapéu de
couro surrado, olhando para o chão. Andava sem fazer barulho, com a intenção de
chegar mais perto para matar o passarinho. De repente:
RUAAAFF...PLURT... Cuspiu! O passarinho parou de cantar assustado e voou para
longe. Enquanto isto as formigas, sôfregas, almoçavam a cusparada.
O homem ainda tentou sacar a arma,
desistindo logo em seguida. Coitado, nesse dia ele sofreu dois baques: não
matou o passarinho e ainda alimentou as formigas que tanto detestava.
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